“Nascido e criado sou nestas terras e nunca tive vontade de estar nos locais para os quais estão indo ou de onde estão vindo, piá”. Com essa frase, notadamente uma aceitação da própria passividade de um frentista de Castro, no Paraná, abro essa postagem que, na verdade, é mais uma tentativa falha e enfadonha de dar algum sentido a todas as minhas perambulações motociclísticas e pedestrianistas pelo Brasil. Escrevo poucas linhas por dia, e estas são eivadas de curtas e difusas sentenças, devido a uma pusilanimidade imposta não por minha periclitante e irrequieta personalidade, mas pela ausência daqueles momentos de ócio tão necessários à sobriedade e ao encontro das palavras ideais. Enfim, numa lufada de atrevimento ouso me comparar ao homem citado que, por livre escolha, escolheu a estática, o hirto modo de testemunhar a vida passar sem que um de seus músculos se contraia para modificar a realidade. Eu, por minha vez, busco o movimento, a inquietude que inflama minhas bases e não permitem que meus pés permaneçam na mesma posição por muito tempo. Malgrado todas essas dessemelhanças, penso, somos iguais, sujeitos que lutam pela própria singularidade contra um par de mandrágoras, pequenos demônios que rastejam na penumbra sob as camas do ideário popular: a paz e a guerra. Ele, na guerra pela subsistência, almeja a paz que teoricamente trará o alívio que o trabalho estafante o nega; e eu, na pseudo paz e segurança do meu trabalho rotineiro como funcionário público, aspiro a “guerra” que, dentre outras coisas, possibilita o movimento, o sentir-se vivo ao confrontar-me com o incomum.
Companheiros de aventura |
A testemunha da partida |
Vale do rio Itararé |
Cachoeira do córrego da Prata |
Pinus em solo paranaense |
Cachoeirão do rio Capivari, em Jaguariaíva |
Ponta Grossa |
Capão da Onça |
Vestígios de uma barragem |
Ao fundo, uma plantação de soja |
Última queda |
Buraco do Padre |
Vista frontal |
Detalhe das paredes da gruta |
Passo do Pupo |
Veado-campeiro |
A noite de Ponta Grossa |
Campos Gerais |
Arenito de Vila Velha |
Comparação de altura |
Camelo |
Bota |
Taça |
Furna |
Plataforma de chegada do antigo elevador belga |
Lagoa Dourada |
Curimba |
Furnas Gêmeas |
Tamanho de uma das furnas em relação a um ser humano |
Vegetação rala nos entornos |
Interior de uma das furnas |
Casa típica do sítio paranaense |
Cachoeira da Mariquinha |
Trilha de volta |
Paisagem da Serra de Itaiacoca |
Colheita da soja |
Imagens de Biscaia |
Cachoeira do rio São Jorge: parte alta |
Parte alta |
Parte baixa |
Cachoeira do rio São Jorge: vista frontal |
Ponte sobre a Represa dos Alagados |
Braço do reservatório da década de 1940 |
Castro |
Trilha no PE do Guartelá |
Panelões do Sumidouro |
Cachoeira Ponte de Pedra |
Cânion Guartelá ou Cânion do Rio Iapó |
Até breve, meu Paraná |
“Você não tem ganas de conhecer o que está aqui, ao redor de sua cidade?”, perguntou o viajante já exaurido de forças, mas ainda ávido por desfrutar de mais um belo cenário antes de partir. “Talvez eu tivesse, meu caro paulista, se o mesmo local que guarda tamanhas belezas não fosse o mesmo em que sou explorado”. Quando se é castigado defronte o belo, a beleza se torna um martírio, um símbolo de sofreguidão, uma lembrança que talvez seja melhor olvidar.
Mais fotos no seguinte slideshow ou aqui.
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E abaixo, um blues inspirado pelas formações de Vila Velha e pelo desenho imponente do Cânion Guartelá.
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